terça-feira, junho 20, 2006

Passando junho

Eu estava escrevendo em outro blog: "Não gosto daquilo que o futebol representa para o nosso país, mas gosto muito de futebol". São coisas totalmente diferentes. Quando jovem pratiquei ativamente o esporte durante anos, acompanhei centenas de jogos em estádios, e posso dizer que sempre fui um torcedor devotado. Tudo isso é diferente de dizer que eu gosto daquilo que representa o esporte no nosso país.

Pode ser tomado como implicância minha, e com as quais vou implicar sempre. Embora eu reconheça que todos os povos, todas as nações tenham o seu esporte preferido e a nossa não seja diferente, também tenha direito a ter o seu, sinto que a inversão de valores que se dá por aqui nos prejudica como povo. Não se respeita uma escala de valores, eu diria que nós nem temos uma escala de valores. Deus, família, trabalho, pátria, lazer, para encurtar a história, qual a nossa? Futebol, novelas, ...

Isso pode parecer um argumento sem importância, mas se engana quem pensa assim, ele é de fundamental importância para os destinos de um povo. Qualquer povo que inverte os seus valores, ou não os coloca numa escala de importância, abre mão do domingo com a família em prol do futebol; abre mão do diálogo em família em prol do capítulo da novela; não é preciso ser mágico para saber no que isso vai dar (ou que já deu!)

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